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Músico - Thiago Abdalla
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Músico - Thiago Abdalla

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F.Sor – Etude Op.35 No.19

Versão históricamente orientada (leia a argumantação abaixo): link para a partitura aqui Preservando o mesmo espírito da última postagem decidi gravar o Exercício Op. 35 No. 19. Neste, percebemos um ar mais monárquico e menos militar. Com relação a mão direita há uma nota a mais no grupo das notas repetidas. Contudo, como não há grandes mudanças de colocação de mão direita, este técnicamente mais simples. Resolver os aspectos mecânicos desta obra é certamente necessário e desafiador. Contudo, ao ler o Método de F.Sor, encontramos um argumento que nos faz abordar este estudo mais através de uma ótica timbrística e menos técnica. Traduzi a seguir o parágrafo que nos interessa (Cap. Quality of Tone; pág. 16): “Há passagens no trumpete que são raramente executados em outro instrumento qualquer… portanto, ao tocar pequenas frases no estilo do [exercício abordado neste post], tocando a primeira corda com força, perto da ponte, para produzir um som preferivelmente nasal, e posicionar o dedo da mão esquerda [na meia distância entre os trastes – conferir a imagem abaixo extraída do método], a fim de produzir um ruído irritante, de curta duração […]” Na seqüência há precisos detalhes no que diz respeito a ação dos dedos assim como da corda que merecem ser pesquisados pelo leitor. Logicamente temos em vista que nosso instrumento difere tanto em construção e qualidade das cordas quanto em abordagem técnica. Para estas duas gravações utilizei um violão construído em 2006 por Lineu Bravo com cordas de carbono  – ao contrário da guitarra romântica  de outrora com cordas de tripa!
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F. Sor – Etude Op.6 No.4

Através deste estudo é possível treinar uma série de combinações de mão direita durante aquele impulso rítmico que acompanha todo o desenvolvimento da peça, ora na 4a corda durante a parte A, ora na 3a corda na parte B e, até mesmo na 5a corda como é o caso dos últimos compassos do penúltimo sistema. Entre as diversas combinações possíveis recomendaria: Combinações com 2 dedos pip, ipi, imi, mim, pmp e mpm; Combinações com 3 dedos mip, imp, pim, ipm, mpi, pmi, ami, ima, mai, mia, iam e aim Divertido, não?
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G.F. da Trindade – Se o Pranto Apreciares (modinha)

Esta foi a primeira obra arranjada pelo Pulso 70 para violão e voz. A partir desta composição de Gabriel Fernandes da Trindade começamos uma nova abordagem na interpretação deste repertório. Nas edições que consultamos, a maior parte original para piano, é muito comum um arranjo monótono e desinteressante. Possivelmente para, naquela época, vender as partituras para aqueles que, inclusive, não possuíam grandes habilidades técnicas ao piano. Ora, mas isto não impede que, mesmo naquela época, tal repertório pudesse ser executado de modo mais interessante no aspecto instrumental. O Pulso 70 então pesquisou as possibilidades de sonoridade do violão do Século XIX e, através de improvisações e experimentações, chegou a algumas possibilidades de interpretação. Se o Pranto Apreciares é, portanto, um exemplo desta abordagem. Exploramos diferentes maneiras de se acompanhar através de acordes, contracanto na região aguda, nos baixos, trêmulo e diferentes articulações.
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C.I da Silva – Quando as Glórias que Gozei (Pulso 70)

Composição de Cândido Ignácio da Silva (c.1800-c.1838). O compositor desta modinha chegou a ser considerado o melhor deste estilo durante o Primeiro Reinado. É de grande dificuldade o acesso a informações biográficas deste e de outros compositores ligados ao Pe. José Maurício Nunes Garcia. Voz: Jobi Espasiani Letra Quando as Glórias que Gozei Vou na ideia revolver Sinto a força da saudade Meu triste pranto correr Os que já tive Doces momentos São hoje a causa Dos meus tormentos
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J.R.Vasconcelos – Rapsódia Brasilíztyka

luthier: Lineu Bravo | cordas: Savarez Sendo esta uma das obras de maior dificuldade técnica de meu repertório, ela é uma fronteira entre o jazz (do jeitinho brasileiro) e a mecânica do violão erudito. Como o próprio nome diz esta “rapsódia” – de caráter improvisativo – possui 3 grandes seções e a coda organizadas de acordo com o esquema a seguir: A – Allegro – Rítmico – fusion do jazz com o rock B – Andante agitato – ligado ao samba (com uma codeta em arpejos) A’ – Allegro com brio – Com os mesmos elementos da seção A porém em moto perpetuo. Coda – Inicia-se na nos harmônicos e tem um caráter mais brasileiro com o clima mais árido. Esta peça faz parte da Suíte Cynetatográfyka (2007-2008) escrita em homenagem ao cineasta Glauber Rocha.
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J. Dowland – Fantasia #7

Violão construído por Lineu Bravo De acordo com a edição concisa do Dicionário Grove de Música a fantasia é uma “peça instrumental em que a imaginação do compositor tem precedência sobre os estilos e formas tradicionais.” Seu caráter é contrapontístico e imitativo, como a fuga, porém sem uma rigidez formal – as seções se sucedem como uma improvisação. Para interpretar esta Fantasia de J. Dowland utilizei a terceira corda em Fá# e um capotraste na segunda casa. Como foi composta originalmente para alaúde utilizo esta estratégia tanto para aproximar a tessitura do violão moderno ao instrumento de nosso compositor quanto para facilitar a execução – pois os trastes ficam mais próximos e as aberturas de mão esquerda se tornam mais simples. Contudo o violão perde um pouco de sua ressonância natural; sua construção (sua caixa de ressonância) foi feita para vibrar com a escala em seu tamanho completo. Ao final, equilibrando todos estes fatores, acredito que o melhor resultado conquistamos com a utilização do capo. Separei a seguir dois vídeos relacionados com este tema. Trata-se de duas fantasias de um contemporâneo e conterrâneo de Dowland: W. Byrd. A primeira obra foi transcrita para acordeão – a re-leitura é timbristicamente interessantíssima apesar da enorme perda de qualidade desta gravação. na segunda é possível perceber algumas semelhanças como mudanças de andamento e algumas das figuras rítmicas semelhantes a da Fantasia que interpreto. Como Byrd e Dowland são contemporâneos e ingleses… vale a pena apreciar estas peças:
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F. Moreno-Torroba – Castelos da Espanha – Olite

Violão construído por Lineu Bravo A obra Castelos da Espanha de F. Moreno-Torroba, como o próprio nome indica, presta homenagem a paisagens tradicionais espanholas.  Ao todo são 14 peças; 8 destas editadas pelas primeira vez em 1970 e gravadas por A. Segóvia em 1969: Turégano Torija Manzanares el Real Montemayor Alcañiz Sigüenza Alba de Tormes Alcázar de Segovia E 6 editadas em 1978: Olite Zafra Redaba Javier Simancas Calatrava Aproveito a relação acima para linkar o que pude encontrar na internet sobre os espaços que serviram de estímulo para nosso compositor. Quem tiver mais informações acrescente nos comentários abaixo, por favor! ; ) De maneira geral, a obra possui um estilo neo-clássico e uma atmosfera romântica – com belas harmonias, cores e melodias. Explora também diversos níveis e elementos técnicos como escalas, arpejos, trêmulos, sequëncias harmônicas com tríades e/ou tétrades, texturas complexas, etc. A peça que gravei hoje está na tonalidade de Lá Maior. Tem uma sonoridade brilhante com grandes contrastes harmônicos, rítmicos e de clima. É comum uma polifonia a três vozes.E a forma A-B-A’-C-A-Coda Considero de grande interesse o A’, cuja primeira metade da frase é exposta pelo baixo – um recurso simples e extremamente eficaz de variação! As partes intermediárias B – C e a Coda são os momentos, como é de se esperar, tratados com maior liberdade harmônica.
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F. Sor – Etude Op. 35 No. 13 (Dó Maior)

No capítulo “Digitando com ambas as mãos” do Método (1830) de Fernando Sor há uma frase realmente impactante: “Em geral, aquela variaçãode acordes chamada baixo de Alberti, ou batteries, se ela representa nada além dela mesma, sempre me aparentou produzir um efeito continuamente circular, insuportavelmente monótono…” (pp.21) Logo, prontamente, veio a lembrança do Estudo Op. 35 No. 13 em Dó maior – inteiro composto com tal variação de acordes supracitada. No texto segue “mesmo interpretado através de uma grande expressividade musical… [o bom efeito] é apenas conseguido adicionando-se uma melodia acima… Ainda é necessário que aquele que a toque esqueça, propriamente, da melodia e se atenha ao caráter [geral] do objeto a ser apresentado – a partitura…” Há ainda uma série de exemplos (vide abaixo) que transcrevem situações de outros instrumentos para o instrumento de nosso compositor. Exemplo de transcrição bem sucedido: Exemplo de transcrição mal sucedido:
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C. Antunes – Boi

Carlinhos Antunes  é músico e historiador. Dirige a Orquestra Mundana com músicos de diversas partes do mundo. Sua obra reflete este ecletismo.  A peça “Boi” – genuinamente brasileira – é composta em na forma ABA. Utiliza, na maior parte do tempo, a tessitura mais grave do violão. A parte A é composta predominantemente de arpejos com uma leve acentuação rítmica na quarta semicolcheia do primeiro tempo. Já a parte B possui um maior deslocamento rítmico e emíolas, além de utilizar mais escalas. Há ainda um efeito de trinado entre duas cordas vizinhas.
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A. Roussel – Segovia Op. 29

Albert Roussel (1869-1937). Compositor francês que iniciou seus estudos musicais em 1894 com Gigout, após ter feito carreira naval. Foi aluno, entre outros, de V. d’Indy  na Schola Cantorum  entre 1898 e 1908 – escola que começou a lecionar a partir de 1902. O Op. 29 – Segóvia, escrita em 1925, é indubitavelmente dedicado a uma figura importante do violão do Séc. XX Andrés Segóvia. “É uma insinuante valsa, que tem como tema contrastante uma espécie de pedal rítimico de seguidilla, que envolve toda a segunda seção, onde aparece sobreposta uma melodia entrecortada por ataques e intervenções harmônicas caracterizando o uso da bitonalidade” (GLOEDEN , 1997 – encarte do CD “Os Anos 20″) Principais características estruturais da obra Parte A Tempo – 3/8; Andamento Allegro non troppo Primeira seção – compassos 1-30 Material harmônico – Lá maior (muitas dissonâncias em funções principais e em dominantes individuais) Segunda seção – compassos 31-52 Material harmônico – Lá menor (igualmente dissonânte na harmonia; melodia que insiste com notas repetidas; maior grau de polifonia) Parte B Tempo – 3/4; Andamento Allegretto e Meno allegro a partir do compasso 72 Compassos 53-79 Material rítimico bastante homogênio (vide imagem ao lado) com finais de frase em pizzicato. Dó maior predominante – politonalidade . Parte A Tempo – 3/8; Andamento Allegro non troppo Primeira seção – compassos 80-109 Material harmônico – idem aos compassos 1-30 Segunda seção – compassos 110-129 Material harmônico – cadências para os acordes: Fá maior (133), Dó maior (140), Lá maior (147) Harmonia dissonante; melodia que insiste com notas repetidas; maior grau de polifonia. Este é a segunda gravação que realizo para o podcast deste site. Esta iniciativa consiste numa série na qual compartilharei algumas peças de meu repertório com breves comentários e informações de pesquisas e links reunidos em num único lugar. Espero que desfrutem!
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E. Krenek – Suite I para violão solo

A Suite I (Op. 164) de Ernst Krenek  é uma obra dodecafônica  em 5 movimentos: Allegro moderato Andante sostenuto Allegretto Larguetto Allegro Há um ótimo trabalho, feito pelo violonista e compositor Andreas Grüen, com a análise desta obra. Clique aqui. A série é apresentada nos 3 primeiros compassos: A estrutura da peça é muito coesa, as estruturas rítmicas são cuidadosamente planejadas e há uma predominância de intervalos harmônicos de 7as e 2as. Estou disponibilizando a gravação que acabo de realizar. Esta iniciativa é abertura de uma série na qual compartilharei algumas peças de meu repertório com breves comentários e informações que pesquisei e links reunidos em num único lugar. Espero que desfrutem!
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