Quando o comandante romano percebeu que Paulo não representava nenhuma ameaça para o império, isto é, que a questão envolvia disputas internas dos judeus, ele pediu para o Sinédrio assumir o caso (At 22:30; 23:29).
5. De acordo com Atos 23:1-5, como Paulo começou sua defesa perante o Sinédrio?
A declaração introdutória de Paulo foi recebida com uma bofetada na boca, talvez porque, como prisioneiro, sua referência a Deus parecia blasfema. Sua reação impulsiva nos dá um vislumbre de seu temperamento. Ao chamar o sumo sacerdote de “parede branqueada” (At 23:3), Paulo estava ecoando as palavras de Jesus, ao condenar a hipocrisia dos fariseus (Mt 23:27). No entanto, como Paulo não sabia que estava se dirigindo ao sumo sacerdote, a possibilidade de que ele tivesse uma visão ruim não deve ser descartada.
6. Leia Atos 23:6-10. Como Paulo tentou, engenhosamente, desestabilizar o processo? Complete as lacunas: “Sabendo Paulo que uma parte do Sinédrio se compunha de _______________ e outra, de _______________, exclamou: Varões, irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus! No tocante à esperança e à _______________ dos mortos sou julgado!” (At 23:6).
O Sinédrio era composto de saduceus e fariseus que se opunham uns aos outros em uma série de questões; doutrina era uma delas. Os saduceus, por exemplo, cujas Escrituras incluíam apenas os primeiros cinco livros de Moisés (o Pentateuco), não acreditavam na ressurreição dos mortos (Mt 22:23-32). A declaração de Paulo (At 23:6), no entanto, foi mais do que uma tática inteligente para distrair o Sinédrio.
Uma vez que o encontro com o Jesus ressuscitado na estrada de Damasco era o fundamento de sua conversão e ministério apostólico, a crença na ressurreição era a verdadeira questão pela qual ele estava sendo julgado (At 24:20, 21; 26:6-8). Nada mais podia explicar como ele havia abandonado seu antigo zelo para se tornar quem ele era naquele momento. Se Jesus não tivesse ressuscitado, seu ministério era inútil, e ele também sabia disso (1 Co 15:14-17).
Naquela noite, quando Paulo estava na fortaleza, o Senhor lhe apareceu, dizendo: “Coragem! Pois do modo por que deste testemunho a Meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma” (At 23:11). Dadas as circunstâncias, essa promessa deve ter sido significativa para Paulo. Seu desejo de pregar em Roma (At 19:21; Rm 1:13-15; 15:22-29) ainda seria realizado.
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